Dados do Trabalho

Título

EFEITOS DO EXERCÍCIO AERÓBICO SOBRE A RESISTÊNCIA INSULÍNICA EM PACIENTES COM DOENÇA METABÓLICA: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Introdução e Objetivo

A síndrome metabólica (SM) está associada ao diabetes tipo 2 (DM2) e a fatores de risco cardiovascular, como pressão alta e glicemia alterada. A resistência à insulina é central no desenvolvimento dessas condições, comprometendo a saúde e aumentando a mortalidade. Atividade física, especialmente exercícios aeróbicos e de resistência, melhora a sensibilidade à insulina e a saúde geral em indivíduos com SM e DM2, com efeitos potencializados pela combinação com uma dieta restrita em calorias. Embora o controle da glicose reduza complicações microvasculares, sua relação com complicações macrovasculares ainda precisa ser melhor compreendida.
O objetivo da presente revisão é avaliar os efeitos do exercício em pacientes com doença metabólica, com foco em parâmetros de controle glicêmico e sensibilidade à insulina, além da melhora na qualidade de vida.

Casuística e Método

Foi realizada uma busca na base de dados PubMed entre 2022 e 2024, em português e inglês, usando os termos "Exercício e resistência insulínica" e "Doença metabólica e exercício". Foram incluídos títulos e resumos de artigos clínicos randomizados, meta-análises e ensaios clínicos dos últimos 2 anos. Excluíram-se artigos com mais de 2 anos, irrelevantes ao tema, duplicados, estudos em modelos animais, editoriais, artigos com dados insuficientes e estudos que não consideravam o exercício aeróbico essencial para a melhora da resistência insulínica.

Resultados

O estudo de 12 semanas avaliou intervenções de atividade física e dieta, mostrando que o grupo de intervenção melhorou resistência à insulina, glicemia e qualidade de vida. A combinação de dieta e exercício foi mais eficaz na redução da insulina e aumento da sensibilidade à insulina do que a dieta isolada. Homens tiveram melhor desempenho em alta intensidade, enquanto mulheres mostraram menor sensibilidade à glicose após exercícios moderados. O estudo U-turn mostrou que intervenções intensivas reduziram o estresse oxidativo em pacientes com diabetes tipo 2. O treinamento aeróbico contínuo foi mais eficaz que o de resistência em melhorar IMC e hemoglobina glicada. As intervenções foram seguras, com alta adesão, reforçando a importância do exercício aeróbico e dieta no manejo da Síndrome Metabólica e Diabetes tipo 2, melhorando a qualidade de vida e reduzindo riscos.

Discussão

Esta revisão destaca o exercício aeróbico como uma estratégia eficaz para reduzir a resistência insulínica em indivíduos com Síndrome Metabólica (SM) e Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). Embora tanto o exercício aeróbico quanto o de resistência tragam benefícios metabólicos, o exercício aeróbico se mostra mais consistente na redução da glicemia de jejum e na melhoria do perfil lipídico. Esses achados estão alinhados com as recomendações do American College of Sports Medicine (ACSM), que enfatiza o papel do exercício aeróbico na gestão da hiperglicemia diária e na redução da gordura visceral, crucial para combater a resistência insulínica.

Conclusão

O estudo destaca a eficácia das intervenções de atividade física e dieta na melhoria dos marcadores de Síndrome Metabólica (SM) e Diabetes tipo 2 (DM2). A combinação de dieta e exercício foi mais eficaz na redução da insulina e no aumento da sensibilidade à insulina. O treinamento aeróbico contínuo superou o de resistência na melhoria do IMC e da hemoglobina glicada. Homens se saíram melhor em testes de alta intensidade, enquanto mulheres mostraram menor sensibilidade à glicose após exercícios moderados.Esses resultados reforçam as recomendações do ACSM sobre a importância do exercício aeróbico na gestão da hiperglicemia e na redução da gordura visceral. As intervenções foram seguras, com alta adesão, melhorando a saúde geral dos participantes. Portanto, programas de exercício aeróbico combinados com uma dieta adequada são essenciais para o manejo de SM e DM2, melhorando a qualidade de vida e reduzindo os riscos associados.